8 de setembro de 2010

Agora é a vez da classe C

Texto escrito para a seção "Economia em foco" do blog PUCf5.



Não é de hoje que uma nova classe social composta por nada menos que 95 milhões de pessoas – metade da população brasileira – é alvo de estudos e pesquisas, principalmente aquelas interessadas em descobrir o que pensam esses consumidores em potencial, certo? Certíssimo. Depois de ajudar o Brasil a atravessar a maré brava da crise global com uma embarcação que, apesar de arranhões e algumas fendas adquiridas, chegou bem ao porto, a classe C, hoje tida como a “nova classe média”, começou a ter seus hábitos investigados e se chegou à conclusão que essa parcela enorme de brasileiros já não consome como antes. Consome mais, muito mais.

A ascensão social à custa do aumento da renda familiar, hoje entre R$1.530 e R$5.100, fez desses brasileiros figura-chave para o aquecimento do mercado interno. E se são tão importantes assim como consumidores, não o serão como eleitores? Foi essa pergunta o pontapé inicial da nova série de reportagens da jornalista Ana Paula Padrão, “A nova classe média”, que vai ao ar durante toda esta semana no Jornal da Record. “Decidi tentar entender como essas pessoas se comportam, quem são, como pensam, e que Brasil querem para eles”, explica a jornalista. Segundo ela, a partir do momento em que entraram para a sociedade de consumo, ganharam cidadania e descobriram que são importantes, sim.