19 de novembro de 2011

É a gota d’ água

Antes de começar, eu já aviso: se pelo título você ainda não se tocou que este post será sobre o vídeo “Gota D’ Água + 10” e se você acabou de se perguntar que raio de vídeo é esse, eu te aconselho a entrar no site do projeto e dar uma olhada. Se você ligou o nome à pessoa logo de cara, parabéns, isso quer dizer que você tem, no mínimo, dez amigos que compartilharam o link com você.


Todo mundo já sabe que o vídeo do movimento “Gota D’ Água”, com aquele monte de artistas globais, teve inspirações norte-americanas. Foi lá no país do iPhone, do Mc Donald’s e da Starbucks que o ator – e lindo – Leonardo de DiCaprio reuniu, às vésperas da eleição presidencial de 2008, uma galera influente da TV, do cinema e da música para incentivar a população americana a se registrar e votar (veja o vídeo). Explica-se: lá nos EUA, ao contrário do que acontece no Brasil, o voto não é obrigatório, mas para ir às urnas é necessário cumprir o prazo do registro de eleitores.

9 de novembro de 2011

Mas eis que chega a roda viva e carrega a roseira pra lá...

Quando entrei na sala, ainda ao som dos murmúrios dos colegas que encontrei no elevador, e já atrasada uns vinte minutos, vi aquela senhora sentada e logo pensei que fosse mais uma (boa) jornalista que meu professor convidara para conversar com estes aflitos estudantes de jornalismo ávidos por contato com o tal do “mercado”. A convidada contaria detalhes de sua carreira, as reportagens mais difíceis que tivera que fazer, nós a indagaríamos sobre a obrigatoriedade do diploma e ela encerraria a aula com algum conselho para os jovens jornalistas. Ledo engano...

A senhora não era apenas jornalista e não estava ali somente para contar suas peripécias com câmeras e microfones. Quem estava sentada na minha frente era Rosemeire Nogueira Clauset, a Rose Nogueira, mulher aguerrida do ativismo social, jornalista, mãe e sobrevivente das sevícias da ditadura. Eu não sabia nada sobre a história dessa mulher antes daquela aula. Agora, duvido que eu vá esquecer um dia do que ela viveu.

3 de novembro de 2011

"Eu não sei" e sou feliz assim

Tenho andado um tanto quanto embasbacada com certos comentários que ouço por aí. Talvez - e é bem provável que seja por isso mesmo - essa sensação não passa de um reflexo de uma vida universitária. Afinal, é uma fase tão intensa, tão cheia de cheiros e novos prazeres, que me dá até vertigem, não são poucas as vezes em que me falta o chão. É algo como um momento de prazer e de pura excitação que leva quatro anos para passar e quando passa exige alguns meses até que você recobre sua respiração e seu batimento cardíaco.

Depois de um período de profunda inquietação, beirando o desespero, pensando que eu perdera a capacidade de ter opinião e continuar produzindo textos como antes - textos esses que dividi com vocês aqui no Declarando - creio que encontrei uma balsa segura para atravessar esse mar escuro de incertezas. Mas se engana quem pensa que "conclusão" é o nome dessa balsa. Tenho arrepios na espinha com essa palavra. É só ouvir "conclusão" e pimba!