10 de maio de 2009

Mãe: bom de dizer, melhor ainda de ouvir

Quando é feliz, realizado, honesto, proclama-se que é somente pela educação que ela lhe deu, pelo amor que lhe entregou e pela confiança que depositou em você sem precedentes. Caso seja frustrado, infeliz ou traumatizado, enfatiza-se sempre que a razão do desgosto é ela, que lhe encheu de proibições, que nunca lhe deu atenção e que não soube te fazer feliz.

Pois bem, elas carregam um fardo enorme. Precisam matar um leão a cada dia. Afinal, para julgarem se obtiveram êxito ou não, olham de imediato para no que o filho se transformou. Certo? Errado? Não é aqui que pretendo chegar.
Na verdade, minha intenção aqui não é chegar a nenhum lugar propriamente dito. Acho que estou dando um passeio pelos meus pensamentos e só falando alto demais. Entendem-me?

Ultimamente ando pensando muito se vou ser uma boa mãe, como vou criar meu filho, onde ele vai estudar, o que vai ouvir, que historinhas vou contar para ele, seu nome, seu sobrenome, como será seu quarto, para onde vamos viajar juntos... Cedo demais, eu sei, mas... Deve ser o instinto que as mães tanto dizem ter. Eu acredito, elas têm mesmo. Nunca duvidei.

Toda mãe quer que seu filho seja seu projeto mais perfeito, seu sonho que deu certo, sua representação em outro corpo, com seus ideais, seus sonhos, suas manias, seus gostos. Nem sempre é possível fazer com que o filho seja uma cópia da mãe, e nem acho que essa seja a melhor das intenções, mas poder se reconhecer em outra pessoa deve ser uma das melhores sensações do mundo.

Já passei por aquela fase que toda menina passa de dizer que não quer filhos, só cachorros. Uns três pelo menos, afinal eles não dão tanto trabalho como uma criança e estão sempre lá com você. Bobagem. Hoje eu vejo que vale mais um filho criado para o mundo do que três cachorros te rondando o dia inteiro.

Ver um rostinho te olhando como se você fosse a melhor pessoa do mundo deve realmente ser impagável. Tudo bem, para eles você sempre será a melhor do mundo. E um dia, quando ele te chamar de mamãe, você vai lembrar de quando era você que dependia de alguém. Vai cometer aquilo que você julgava ser erros dela? Vai dar as mesmas broncas que você nunca conseguia entender o porquê? Vai deixar de castigo pelo mesmo motivo que você achava injusto quando era você a castigada? Enfim, vai ser a mãe que você teve? Vai ser como você imaginou ser?

Impossível prever coisas assim. Afirmar por antecipação é como construir um castelo de areia, que a qualquer momento e quando menos se espera, é pisoteado por alguém. Mas creio que as mães devem praticar e ter uma coisa sempre em mente, independente de como o filho lhe retribui ou por mais que ele não o faça, ame-o sem medidas, mostre para ele que ali há mais que uma mulher, há uma fortaleza. Porque muito melhor do que chamar alguém de mãe, é ser chamada de mamãe.

3 comentários:

  1. Obrigado pelo cometário!!!!!
    Que bom que gosta do meu blog!! Fico feliz!!!

    Um beijo

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  2. Oi!
    Puxa,nesse texto vc se superou,hein?
    Simplesmente emocionante e acima de tudo real...
    Gosto dos seus textos não só pq sou sua amiga,mas pq eles retratam a realidade,os pensamentos reais,vc escreve com o coração,não posta somente para preencher espaço no blog,mas escreve para o mundo com muita emoção!

    Mais uma vez,os meus parabéns!

    Um abraço Pry

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