26 de dezembro de 2009

Au revoir 2.009!

A máxima dos clássicos natalinos fez-se verdade outra vez: “então é Natal”. Na verdade, este texto está sendo escrito um dia após tal festividade, ou seja, já em clima de Réveillon – como se fosse fácil e, cá entre nós, possível separar uma data da outra, por mais que estas sejam separadas por seis dias. O Natal é aquela preparação da alma para o “bug da virada do ano”- momento em que nosso processador faz uma limpa no sistema, mas claro, com aquele backup antecedente e revigora-se para mais uma leva de informações a serem processadas e devidamente armazenadas. Com isso, surgem as incertezas, o receio, o medo. Justamente por isso eu considero a data do Natal como uma preparação para esse turbilhão de aparições, já que o seu brilho, o seu poder de tocar as pessoas e emocioná-las reconforta, enche de esperança, fortifica e revigora; tornamo-nos mais humanos – prontos para qualquer provação da vida.

Esse misto de nascimento e renascimento compõe o Papai Noel que nós esperamos, que não é uma materialidade em forma de pessoa, mas sim um espírito comum de coisas boas. Papai Noel é olhar para uma mulher grávida e sentir um milagre vendo a esperança de um futuro, é olhar para uma criança e admirar o brilho de uma estrela em forma de sorriso, ele é olhar para um idoso e agradecer-lhe pelos ensinamentos, olhar para um doente e ter a esperança na cura, olhar para um morador de rua e acreditar no valor das pessoas e não no quanto elas têm no bolso, é olhar para uma cidade, um pais, um continente, um mundo transviado e agir para resgatá-lo. Em meio a tantas atrocidades de que somos noticiados, não podemos deixar que Papai Noel volatilize-se. Papai Noel é fazer a diferença na vida das pessoas.

1 de dezembro de 2009

Adeus: o prelúdio de uma nova vida

O décimo segundo mês - que pelo nome deveria ser o décimo e só não é porque os romanos precisaram acrescentar dois meses aos dez iniciais do calendário romano em decorrência do tempo do ciclo solar - chegou, e com ele sempre vêm aqueles jingles natalinos, musicais que reúnem todo o casting das emissoras, retrospectivas, centros comerciais lotados, crianças encapetando em casa e levando seus pais à loucura, viagens, festas, correria... Ufa! Há tempo para respirar? Justamente no momento das férias, daqueles tão aguardados dias de folga, a agitação e o cansaço imperam. Mas para certas pessoas, entre os dezessete e dezoito anos, o tempo natalino assume suas verdadeiras características: paz, descanso, reflexão, nascimento, ou melhor, renascimento.

Quem são essas pessoas, esses quase adultos, para os quais o final do ano realmente se impõe chamando a atenção e deixando marcas? Prazer, eles são os formandos. Mas pensando bem, eles jamais se identificariam nessa expressão, escolherei outra: são os saudosos do terceiro colegial, ou como eles chamam, Terceirão! Pessoal complicado, complexo, paradoxal, difícil de lidar, terror da escola e dos pais, mas que na verdade, acaba causando tudo isso pelo simples fato de estar procurando sua identidade.

1 de novembro de 2009

Do Brasil, com carinho...

O nome dela é Yoani Sánchez (sim, olha ela aqui outra vez!), sua profissão é estudar a literatura, língua e cultura hispânicas e seu ofício é um dos mais sagrados: Yoani é uma verdadeira mantenedora da identidade cubana, ao passo que não pretende abandonar a ilha e viver o sonho americano, muito pelo contrário, o que ela quer mesmo é uma vida melhor para o seu povo. Povo esse que está começando a respirar após uma revolução muito mal explicada e uma política muito mal compreendida pelos que a ela se submeteram. E como suas intenções são as melhores possíveis, muito tem sido falado sobre ela, desde o convite brasileiro para desembarcar aqui até seu recém publicado livro "De Cuba, com Carinho" que reúne os textos do seu Generación Y e exerce o papel de documento social da ilha dos Castro.

Com esse título de Yoani em mente, comecei a pensar como seria a sinopse de uma versão abrasileirada do livro, o que contaríamos, quem criticaríamos... Confesso que não seria uma atividade nada fácil retratar o nosso país em um livro; são muitos paradoxos, tantos esquemas que precisaríamos destrinchar, tantas obscuridades que teríamos que por às claras, caso contrário, quem as entenderiam? Nós as entendemos?

14 de outubro de 2009

FUTEBOLina: a droga do brasileiro

As quartas, aos domingos, ou sempre que o gramado chamar. Com chuva, com sol, ou sempre que o chamado soar. De dia, de noite, ou sempre que o esquema se montar. É só a bola rolar que lá estará o brasileiro, o eterno apaixonadamente apaixonado (ui, brega?). Pode falar que brasileiro sofre, que brasileiro come poeira, que brasileiro ataca de nacionalista por noventa minutos... Pode falar sim, afinal, é a mais pura verdade. Durante o jogo, lágrimas e zombarias têm lugar cativo; exaltações ao país costumam não faltar. É assim, é a vida, é a brasilidade em sua forma mais genuína!

Futebolarte é o entorpecente do brasileiro. Temos noventa minutos de alucinação. Esquecemo-nos de tudo, de todos, da nossa própria vida – perdoem, estamos sob o efeito da futebolina! O efeito vai passar, tudo voltará ao normal, mas precisamos desse tempo de devaneio. Precisamos esquecer-nos dos escândalos federais, dos bigodudos terminais – o bananeiro do chapelão e o Seu /sir.ney/ do Maranhão – da cotação da verdinha americana, da independência da ilha cubana, dos mísseis nucleares, dos Seus Parlamentares, da dinâmica da globalização... Precisamos ser apenas torcedores, apaixonados, desesperados, sofredores.

4 de outubro de 2009

Yoani Sánchez: a voz que se faz ouvir

Há aproximadamente um ano e quatro meses, Ana Paula Padrão e sua equipe desembarcaram em Cuba para registrar a situação do país logo após a renúncia de Fidel Castro. Anunciada pelo SBT, sua então Casa, como a primeira equipe brasileira autorizada a entrar no país, Ana Paula levou na bagagem o resultado de muita pesquisa, muita curiosidade e uma vontade louca de registrar como viviam aquelas pessoas, como sobreviviam os brasileiros dependentes de ajuda governamental e o que faziam para manter a identidade em um regime que ensinou às pessoas a viverem submissas e, consequentemente, conformadas. Ao longo das filmagens que resultaram em uma reportagem (espetacular) para o SBT Realidade, Ana Paula foi à casa de Yoani Sánchez, graduada em Filologia hispânica, mãe e blogueira cubana, que em seu Generación Y denuncia a realidade de um país no qual a liberdade de expressão e informação é apenas um sonho e os direitos dos cidadãos são explicitamente cerceados.

Nesta semana, Yoani mais uma vez está em voga - mas para quem já a conheceu, como quem vos escreve, esquecê-la é tarefa nada fácil e, muito menos, desejável. Desta vez, a blogueira cubana que causa tanto estardalhaço a ponto de ser criticada em prefácio de livro pelo próprio Fidel e ser, covardemente, considerada perigosa pelo governo, chama mais nossa atenção para o sistema decadente que insiste em dizer que "na ilha, tudo vai bem". Intitulada "As três mentiras cubanas", a entrevista feita pelo jornalista Duda Teixeira ocupa as Páginas Amarelas da edição 2.133 de Veja e é uma leitura essencial àqueles que pretendem conhecer a realidade além-América.

14 de setembro de 2009

Julgada por aqueles que ela julga: a questão da Justiça no Brasil

“Religião e política cada um tem a sua e discuti-las em público jamais!”. Esse é o ditado que corre pelos corredores da nossa cultura, da nossa nação, entretanto, vem se mostrando falho. Afinal, o que se resumia a um grupo fechado e escondido atrás de máscaras veio à tona e se tornou aquele calo doloroso no pé de cada cidadão que, mais ou menos hora, leva um pisão da pessoa ao lado. Em meio à confusão que somos obrigados a assistir nos shows de horrores de nossa alta cúpula, perguntamo-nos: para onde foi parar a Justiça desse país?

Ética, moral (esqueçam os bons costumes) e senso de bem comum estão diretamente ligados à ideia que fazemos do setor judiciário verde-amarelo. Ele nada mais é que o reflexo da áurea do povo brasileiro, por conseguinte, concorre a esse povo a competência de interferir no que lá é articulado. Os resultados à que somos submetidos são, na verdade, aqueles oriundos do nosso comodismo - ou da falta dele.

Omitir que há decisões que independem de nós diretamente é uma falta grave, mas não se deve nunca perder a linha de raciocínio de que quem está lá, está graças a nossa vontade, ou graças à vontade de terceiros que, por sua vez, foram escolhidos por nós. A culpa também é nossa, caiamos na real!

4 de setembro de 2009

Cronologia do Sol

Sol e Lua, durante mais uma de suas discussões da relação decidem se separar. Ele decide ir embora, mas ela sabe que ele voltará. Levanta-se e vai embora. Vem para cá. Aqui, ele decide renascer, começar tudo de novo. Acorda. Com ele, acordo também. Acordamos. Centenas de milhares de sorrisos para aquele que lá no alto está. Feliz? Sim, ele fica muito, mas logo se entristece de novo com as caras feias que começa a presenciar, reclamações a escutar por ali estar. Mal sabem todos que apenas um lugar de paz ele quisera encontrar.

A campainha tocou. Não é ninguém vendendo serviços, pedindo doações, muito menos alguém lá fora a me esperar. É a vida. A vida que faz tocar aquela estridente campainha que apelidamos de despertador. Pois bem, é um “hello, está na hora de brincar de mundo real”. E assim, lá vou eu.

1 de setembro de 2009

Marina do Brasil!

Assim como Michael Jackson está para o badalado portal de famosidades TMZ, assim como o sumido que já foi encontrado (parece que era só brincadeira de esconde-esconde mesmo) Belchior está para o Fantástico, assim como Fernando Sarney está para o Estadão, ela, Marina Silva está para... Está para... Todo mundo! É isso aí, isso mesmo, Marina caiu nas graças do povão!

Também, convenhamos, abandonar o barco após trinta anos de militância há de chamar nossa atenção. Ainda mais quando essa militância é no Partido dos Trabalhadores e quando a saída pode levar consigo um bom bocado de votos. Não é à toa que os presidenciáveis - sejam os assumidíssimos ou os que ainda estão, digamos, "no armário" - já estão calculando quantos votos podem perder para a mais nova candidata (não)assumida. Ela ainda nega tudo, faz a mesma linha José Serra, mas nós sabemos bem como e quando essa história vai terminar.

27 de agosto de 2009

Lua 40 anos: por que chegamos lá?

O período era o da Guerra Fria, capitalismo e socialismo estavam no auge de seu entrave com a guerra indireta entre suas potências-mães, EUA e URSS. Almejando não somente a hegemonia política, bem como a econômica, ambos os lados viam com certa importância a conquista do além-órbita. Em meio a ataques e contra-ataques, o projeto espacial ia ganhando destaque, porém não como consequência de uma ciência astronômica bem desenvolvida, mas sim, de uma estratégia fortíssima de guerra. Afinal, um lado se impõe não apenas pelos seus atos, mas pela dimensão que consegue dar à sua força. Esse cenário então nos traz à tona uma instigante questão: seria a conquista da Lua, há quarenta anos, um feito muito mais político que propriamente científico?

Um forte indício que nos leva à essa questão e começa a nos remeter à uma provável resposta era a situação em que se encontrava a NASA quando, em 1961, John Kennedy discursa exortando seu país a mandar um homem à Lua e trazê-lo de volta em segurança. Recém-criada e carente de fundos, a Agência Espacial Americana passou a contar com quase 5% do capital do governo americano, recebendo assim carta branca para suas articulações. Caso isso não tivesse sido feito, a NASA só conseguiria enviar o homem à Lua na década de 80.

18 de agosto de 2009

Preserve o mundo - preserve a si mesmo

Pertencer a uma família, fazer parte de um grupo, compor as estatísticas de um determinado local são fatos que tecem nossa rede social dia-a-dia, mas não são nada igualmente comparáveis à nossa posição de cidadãos globais. Pensar socialmente é pensar em relações interpessoais; pensar globalmente é relacionar sua vida com o mundo. Assim, ambos passam a desenhar uma cadeia indelével, na qual ação e reação de uma das partes se confundem com as da outra.

Pensando globalmente, tendo ciência das nuances da cadeia que passa a integrar, surge no homem (ou assim deveria ser) a necessidade do zelo – que não seja diretamente para com o mundo, mas então em prol de si próprio. Esse zelo pode significar medidas de ação, de contenção e de reformulação, tangendo a política, a economia e o meio ambiente, esse que é o que mais precisa de atenção.

Proponho que o pensamento passe a ser verde, que a ação passe a ser sustentável e que cada cidadão globalmente inserido hasteie a bandeira do bem comum através do meio ambiente. Ajustando o zelo para com esse campo com os demais, sendo esses economia e política, fica evidente que é necessária uma reformulação dual, já que somos seres numéricos e legisladores deste mundo que não pode ser esquecido. Zelar pelo mundo é mais que uma obrigação, é a declaração irrefutável de ser participante, inserido, de ser vivo.

16 de agosto de 2009

O futuro chegou

Lendo a peça "O Amor do Soldado", um trecho chamou muito a minha atenção, tanto que grudou e não largou mais até agora! Nessa passagem, Castro Alves - que tem sua carreira de militante da liberdade narrada por Jorge Amado - conversa com alguns estudantes da Faculdade de Direito de São Paulo, dos quais ele passa a ser o líder inconteste. O período é pré-República, mas com manifestações cada vez maiores pela liberdade nacional. Com esse cenário de crise que gera constantes mudanças, o assunto não poderia ser outro senão "futuro da nação". Você já pode imaginar então que palpites não faltariam. Vejamos o que pensavam:

"Daqui a cem anos só a força bruta persistirá. Um ditador qualquer, brutal e insensível, dominará o mundo..." - apostou um dos estudantes.

"Isto é um absurdo. Não sabes o que dizes. No futuro os homens da ciência farão tais descobertas que a eles caberá o domínio do mundo..." - não hesitou em dizer o outro.

"Nem os brutos, nem os cientistas. Serão os místicos, pregando mais uma vez o perdão e a renúncia..." - defendeu o terceiro estudante.

Os próprios então, percebendo tamanha discrepância, não hesitaram em pedir a Castro Alves que desse seu parecer, mencionando o poema "O Vidente" escrito por ele. É então que ouvem:

"Discordo de todos os que aqui falaram sobre o mundo do futuro. Serão a liberdade e o trabalho irmanados. Ouvi:

E, enquanto sob as vinhas a ingênua camponesa
Enlaça as negras tranças
(...)
Prorrompe o hino livre, o hino do trabalho!
(...)
O ruído se mistura da imprensa, das ideias,
Todos da liberdade forjando as epopéias."

10 de agosto de 2009

Adivinhem...

Um vírus. Sim, um belo parasita intracelular. Como se tem falado em vírus ultimamente! No lugar de estar nas células, ele está mesmo é na boca do povo - desculpa pelo trocadilho. Virou motivo de piada, de alerta e até de pânico. Creio que se fizéssemos agora um ranking estilo "trending topics" dos assuntos nas rodinhas de papo, não faltariam #mascaras, #alcoolgel e claro, #gripesuina. Pronto, pronunciei!

Está ficando muito perigoso pronunciar o nome da nova gripe; você fala uma vez sequer e já arranjou discussão para um bom tempo. Afinal, nos momentos de "grandes acontecimentos" todos passam a ser especialistas no assunto tratado. Em terremotos: prazer, grandes sismólogos! Em enchentes ou secas: prazer, grandes meteorologistas! Em epidemias: prazer, grandes médicos! Agora, quando a epidemia é de uma gripe até então desconhecida: prazer, grandes falastrões!

7 de agosto de 2009

Finalmente, vamos respirar mais aliviados

Sete de agosto de 2.009: um divisor de águas, um belo dia para se recordar, afinal é a partir desse dia que vamos nos ver livres daquela fumaça toda na capital paulista. Não apenas da fumaça que incomoda, que cheira mal, como também da fumaça que mata. O fumo passivo está em terceiro lugar no ranking mundial de causadores de mortes evitáveis e quando se trata do fumante ativo os dados são mais assustadores ainda: por hora no Brasil, morrem cerca de dez pessoas em decorrência do fumo e, a cada ano, perdemos cerca de quatro milhões de pessoas de forma prematura graças ao tabaco. Quando pensamos então em cânceres gerados pelo cigarro os números se mostram inacreditáveis: 97% das mortes por câncer de laringe está diretamente ligado a essa praga. Lembrando que esses dados são da OMS.

Realmente, a situação não é nada confortável nem para quem fuma, muito menos para quem é obrigado a inalar todas as substâncias oriundas da tragada do amigo ao lado. Para dimensionar: um fumante passivo entra em contato com 4.700 substâncias químicas, entre tóxicos sistêmicos, irritantes, mutagênicos e carcinógenos, os facilitadores do câncer. Existem ainda, claro, os problemas imediatos como irritação ocular, dor de cabeça, vertigem e infecção respiratória. É, vivemos em meio a nuvens de fumaça nada límpidas.

4 de agosto de 2009

Leitura: uma chave de muitos segredos

Com o cenário globalizado observado nas regiões urbanas, algo essencial passa a soar como mais um problema a ser solucionado: time management. Sim, o planejamento do tempo se transformou em uma dor de cabeça. Tal obstáculo à plena organização e ao efetivo controle sobre nossa agenda afeta, principalmente, aqueles que se mostram menos preparados e experientes: a juventude.

Não faremos aqui desse problema o protagonista da discussão, e sim o fator causa principal de outro muito alarmante, agora de cunho intelectual: a falta de leitura. Por conseguinte, o atraso e até a má formação do intelecto necessário para uma formação acadêmica e até social - por que não? - satisfatória. A leitura, formadora de uma rara e preciosa capacidade humana de interpretar e decifrar sociedades, pessoas, culturas, períodos e até sentimentos, está sendo esquecida.

28 de julho de 2009

Malandro é malandro e mané é mané

Confusão: essa é a palavra que tem imperado ultimamente. E quem encontramos no meio dela? Encontramo-nos é a resposta certa. Infeliz, mas certa. Triste, mas certa. Confusa, mas certa. Entre desconfianças, indecências e imoralidades, a única certeza que temos é que não temos certeza alguma. Aqueles destinados a nos representar e a desfazer todas as possíveis confusões contribuem para nos deslocar ainda mais. Entre um cachorro em meio a um tiroteio e os brasileiros no furor de uma crise, é mais confiável seguir o cachorro quando se procura abrigo. Não que os brasileiros não sejam confiáveis - quem sou eu para falar isso? - mas são confusos demais.

A cada dia, somos brindados com "excelentíssimas" novidades; testemunhamos alianças que nossa vã filosofia jamais suporia realizáveis, descobrimos atos que já prevíamos acontecer, mas que envergonhavam menos por serem ainda secretos e que surgem como uma bomba relógio procurando desesperadamente um lugar para devastar. Com o nascer do sol, renasce o receio por novas notícias, mais particularidades pobres podem surgir e assim, mais uma vez, despejar sobre nós um balde de água fria. No país do cidadão "malandro" que não desiste nunca e sempre dá aquele jeitinho brasileiro, sentimo-nos como perfeitos manés que andam levando tropeços e rasteiras aos pares.

21 de julho de 2009

E agora, Darwin?

Com os duzentos anos do nascimento de Charles Darwin completados neste ano e o sesquicentenário da publicação de sua obra-prima científica, A Origem das Espécies, uma questão intrigante surge desafiando não só o espaço escolar, mas expandindo-se por todos os outros campos. Por que, em um mundo tão divulgadamente globalizado, há uma forte relutância em se aceitar a teoria evolucionista? E o mais grave: por que essa relutância se transforma na opção de escolas evangélicas e adventistas de omitir tal teoria nas aulas?


É estranho perceber que no país das melhores universidades, com metade dos cientistas premiados com o Nobel e o qual detém um número de patentes registradas superior à soma de seus concorrentes diretos, apenas um em cada dois americanos acredita na teoria de Darwin. Sendo assim, metade da população considera anos de pesquisas e provas cabais como mais uma mera teoria.

Mais estranho ainda é pensar que a ciência e a fé, hoje em conflito, já estiveram unidas. As civilizações antigas, como a babilônica, a persa, a hindu e principalmente a romana da qual engenheiros projetaram e construíram o mais avançado aqueduto de seu tempo banhando-se em sangue de touro para garantir proteção divina, são provas legítimas. E a fusão que soaria indelével deu origem a um dos maiores embates argumentistas atuais, aquele que busca definir, porém sem aparente sucesso, de onde viemos.

15 de julho de 2009

A melhor lição vem da derrota

Ascensão relâmpago, contratos milionários, mudanças de país, milhões de dólares, mansões luxuosas, carros dos sonhos, fama, festas, solidão, depressão, perda de foco, escândalos... E onde tudo isso se intersecciona? No mundo futebolístico atual. Melhor definindo: fazem parte de um sistema do qual somos testemunhas.

Não raro aparece mais uma estrela no futebol e logo já traçamos, imaginariamente, sua jornada: começo brilhante, auge da carreira e uma crise, o ponto mais triste do caminho. Então surge a pergunta: após a crise, a trajetória do menino brilhante, da estrela, rumará à sua recuperação gloriosa ou à queda ainda maior no abismo?

8 de julho de 2009

Jornalista...

Jornalista é bom, mas pode ser muito mau se quiser (cuidado com ele!).
Jornalista é complexo, mas sabe como ninguém se expor com total clareza (preste atenção nele!).
Jornalista é lindo, mas passa por situações que ninguém imagina (orgulhe-se dele!).
Jornalista é imparcial, mas nem por isso quer dizer que ele não importa (valorize-o!).
Jornalista não tira a fantasia, não tira férias de sua vocação, ele é jornalista anywhere anytime.
Jornalista é aquele que está disposto, a cada novo dia, dizer: 'eu aceito o desafio!'.
Jornalista é aquele que não tem medo de cara feia, não teme o desafio, não se contenta com o 'tudo mastigado'.
Quer saber de uma coisa? Jornalista vive para valer, por viver.
Jornalista, só um jornalista para entender...

1 de julho de 2009

O poder da mente humana: até onde ela pode nos levar?

O que era ficção virou um protótipo de realidade e o que era considerado um ato paranormal agora é visto como o ápice da biotecnologia.


Fazer uma pessoa levitar, mover objetos com toda aquela concentração, atirar e arremessar objetos como em filmes de bruxos parecem coisas inexplicáveis na realidade, banhadas por truques e efeitos especiais. Mas não é por esse ângulo que os pesquisadores da Universidade Duke, na Carolina do Norte, enxergam os fatos. Lá, é possível pôr a força da mente para trabalhar.

O brasileiro Miguel Nicolelis, chefe do laboratório de neurofisiologia da Universidade Duke, e o americano Dennis Turner, neurocirurgião, encabeçam as pesquisas voltadas para essa área. O trabalho deles na Universidade consiste em desenvolver um método prático e seguro para a captação e decodificação de ondas cerebrais que serão convertidas em linguagem digital, a qual aciona o equipamento destinado a realizar os movimentos.

Testes com ratos e macacos e, surpreendentemente, já com humanos têm mostrado que os pesquisadores estão no caminho certo. Este último tipo de teste foi realizado no Centro Médico da própria Universidade Duke durante uma operação para tratamento do mal de Parkinson. Com o crânio aberto e acordado - assim como as cirurgias para esse mal exigem - o paciente teve um conector com microfios da espessura de fios de cabelo colocado na região responsável pelos movimentos e ao conector cinquenta neurônios foram ligados. O paciente então precisou mover uma figura em um monitor com uma espécie de mouse.

29 de junho de 2009

Ela voltou!

Ela não é sua única representante, mas uma das mais memoráveis. Ela não é sua mentora, mas uma de suas propagadoras mais exemplares; também não é sua mãe, mas uma de suas filhas mais honrosas. Essa é a clara relação que se pode estabelecer entre o Jornalismo de qualidade e ela, Ana Paula Padrão, o casamento perfeito entre ética e profissionalismo.

E agora, ela está de volta! A bem da verdade, vale aqui aquela "volta dos que não foram", porque de uma forma ou de outra, estando na bancada ou na rua, sempre tivemos Ana Paula Padrão. Creio que depois que ela surgiu mostrando como é que se faz, não conseguimos mais enxergar o bom Jornalismo sem sua presença.

De sua estreia no Jornalismo até hoje, Ana Paula já passou por diversas fases; mudanças de visual, de vida, de perspectiva, de campo de atuação se sucederam desde então, mas a essência permaneceu constante. De guerras às Olimpíadas, Ana Paula transitou por diferentes panos de fundo, mas seu profissionalismo permaneceu intocado. Ao longo de todas essas mudanças, de todos os cenários e situações que ela enfrentou, sua marca se tornou cada vez mais evidente, o que lhe conferiu a tão almejada recompensa de todo jornalista: a credibilidade.

14 de junho de 2009

Profundamente...

Aqui o jogo é para valer e não tem ninguém para quem você possa olhar com cara de clemência e gritar: "Tempo!".
Não estamos brincando de pega-pega, muito menos de esconde-esconde (por mais que, em algumas horas, possa parecer) então não há outro jeito senão enfrentar.
Super poderes, não! Robôs que façam por você, não! Olhar para o céu para ver se o milagre acontece, na na ni na não!
Me disseram uma vez e agora eu acredito, "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".

Mas quem disse que apesar de tudo isso, não precisa ser algo lindo?
A falta de quem te socorrer, te torna autosuficiente; a ausência de escapatória te torna experiente; a necessidade de seus próprios recursos te faz mais forte.
Ainda assim, prefere ver tudo como uma infinita dificuldade?
Pois bem, você nunca entenderá o que é viver a vida profundamente...

10 de maio de 2009

Mãe: bom de dizer, melhor ainda de ouvir

Quando é feliz, realizado, honesto, proclama-se que é somente pela educação que ela lhe deu, pelo amor que lhe entregou e pela confiança que depositou em você sem precedentes. Caso seja frustrado, infeliz ou traumatizado, enfatiza-se sempre que a razão do desgosto é ela, que lhe encheu de proibições, que nunca lhe deu atenção e que não soube te fazer feliz.

Pois bem, elas carregam um fardo enorme. Precisam matar um leão a cada dia. Afinal, para julgarem se obtiveram êxito ou não, olham de imediato para no que o filho se transformou. Certo? Errado? Não é aqui que pretendo chegar.
Na verdade, minha intenção aqui não é chegar a nenhum lugar propriamente dito. Acho que estou dando um passeio pelos meus pensamentos e só falando alto demais. Entendem-me?

30 de abril de 2009

Felicidade: uma questão que parte muito mais de você

Felicidade é um estado de espírito ou um modo de vida? Pois bem, essa é uma das grandes indagações daqueles que dizem buscar incessantemente tal plenitude. O estado de espírito é, a meu ver, uma questão muito mais de fora para dentro do que o dentro para fora que julgo ser o modo de vida. Mas levando em consideração esses lados, qual é o mais adequado para se atingir um nirvana de felicidade? E mais, qual de fato traz uma felicidade sincera e duradoura?

Estado de espírito entendo por ser a soma de ações e reações que criam nas pessoas uma carga muito pesada, seja ela positiva ou negativa, que se faz presente mediante sua forma de agir consigo mesma e com o próximo e na associação de sentimentos. Por ser uma expressão de carga metafísica e emocional é avassaladoramente variável e tende então a convergir a um fim. Enquanto o modo de vida é a expressão externa de toda uma bagagem sentimental amadurecida e sofre mutações indolentes, pouco perceptíveis.

12 de abril de 2009

E a palavra é: renascimento

Mais uma Páscoa veio e mais uma Páscoa então foi embora. E o que absorvemos dela? O que mais essa Páscoa vivida acrescentou à nossa vida? Será que apenas o chocolate vai ser lembrado por um bom tempo ou é a reflexão que fizemos que vai deixar sinais?
Não estou aqui para discutir o que você considera certo ou o que a Páscoa significa para você; minha intenção é discutir o momento reflexivo que a Páscoa nos proporciona.

Palavra oriunda do hebraico "Pessach" e interpretada no idioma grego como "passagem", para nós, hoje em dia, a Páscoa costuma ter outros significados. O feriado, o exagero e o sentimento de culpa a ele relacionado andam agora atrelados à Páscoa. Em nada se assemelham, portanto, ao significado original.

11 de abril de 2009

♪ Au au, hi-ho, miau miau, cocorocó...

Se você logo pensou no refrão como de "Os Saltimbancos", parabéns! Você acertou. Digamos que eu seja uma saltimbacomaníaca e tenha todo o orgulho em falar dessa obra-prima do imaginário infantil.

Desde a primeira vez que tive contato com a história do burro que junto com um cachorro, uma galinha e uma gata, decide ir para a cidade virar artista, eu fiquei encantada. Por mais que seja de um enredo super simples e situações nada mais que simplórias, o astral do então grupo de sonhadores que aprendem a unir suas forças e superar as diferenças muda todo esse cenário. Dá um ar tão mágico e encantado, que a meu ver, fica difícil não se render a fofura e ao espírito aventureiro do grupo de amigos animais.

Já vi duas encenações dessa peça. A primeira há oito anos atrás e a outra no mês passado. Confesso que quanto mais vezes entrar em cartaz, mais vezes eu terei o prazer de dizer "eu já vi Os Saltimbancos ao vivo".

10 de abril de 2009

Números: everywhere, everywhen

200 milhões é o número de usuários que o Facebook atingiu recentemente.

50 milhões é quanto ainda será investido na recuperação do antigo prédio da Cesp, na Av. Paulista, para que ele possa entrar em leilão de novo.

60.000 é quanto vai custar o Smart Fortwo, carrinho de dois lugares, que entra no nosso mercado nesse mês.

165 quilos é o peso do ovo de chocolate gigante produzido pela Ofner, neste ano.

85 anos é a idade da pizzaria mais velha de São Paulo, a Castelões.

60 ligações é, em média, quanto um operador de telemarketing faz por dia.

51 é o número de parques da cidade de São Paulo.

42 indica quantos casos de dengue foram confirmados em São Paulo, no primeiro trimestre deste ano.

23 quilômetros é a extensão das ciclovias que temos disponíveis na capital.

R$ 4,30 é quanto você paga, em média, para tomar um café em Nova York.

8% é a parcela de chamados relacionados à incêndios dentre todos que o Corpo de Bombeiros da capital recebeu em 2.008.

1 de abril de 2009

Figuinhas, figuinhas!

Fim do vestibular? Enem "turbinado"? Prova padronizada? Fim àquelas taxas que pagamos para fazer as provas em mais de uma faculdade?
Será? Eu espero.

Além do sistema ficar mais unificado, os alunos não serão obrigados àquelas enchentes catastróficas de conteúdo que ainda são submetidos em todo o Ensino Médio, mas com muito mais intensidade no tão carinhosamente apelidado "terceirão".

Tudo bem que de 63 questões esse número dará um salto olímpico para 180, mas mesmo assim, a meu ver, esse novo método de seleção é bem melhor.
Particulamente, eu espero que essa nova medida seja adotada mesmo e seja posta em prática já no "vestibular" 2009, afinal lá estarei eu no segundo semestre...

Agora, é só esperar e torcer. Figuinhas, amigos!

30 de março de 2009

Manifestações do mal, isso sim!

Pois bem, está aí mais uma daquelas ditas "manifestações" que São Paulo já está acostumada, mas que sempre vem para atrapalhar a vida de todo mundo. Somos obrigados a presenciar e a sofrer com as consequências desses atos egoístas de grupos que se dizem ora oprimidos, ora prejudicados, ora marginalizados, ora em um momento ruim, ou que seja.

O curioso é que tanto reivindicam, tanto reclamam, tanto fazem escândalos que acabam esquecendo que a Av. Paulista não é só deles. Precisa de alguém para avisar que a Av. Paulista não pode parar só porque eles querem fazer aquelas "baderninhas" organizadas, que de organizadas não têm nada? Eu não entendo.

29 de março de 2009

Hora do Planeta 2009

Sim, foi um sucesso! Segundo a organizadora do manifesto, a Worldwide Fund For Nature WWF, em comunicado publicado na manhã desse domingo em sua página da internet, centenas de milhões de pessoas em todo o mundo pediram que seus líderes tomem uma decisão por uma ação global sobre as mudanças climáticas. Afirmaram ainda que todas as suas expectativas foram superadas.

Os números oficiais só serão apresentados em dezembro, na próxima Conferência Mundial sobre o Clima, mas pelo burburinho gerado na imprenssa, creio que dá para notar que os resultados foram satisfatórios.

Para crise, nada! Para o meio ambiente, tudo!

Não só de demissões e injeções bilionárias vive uma crise. Pelo menos a da vez favorece o meio ambiente.

Com a desaceleração do ritmo econômico, está prevista para 2.009 uma diminuição de 3% na emissão de gases causadores do efeito estufa. A União Europeia deixará de lançar 100 milhões de toneladas de CO2 e o Brasil, desde o final de 2.008, já diminuiu em 1,8 milhão de toneladas sua parcela de culpa. A explicação de tal redução também deve levar em conta que as empresas de países emergentes que mais desrespeitam as leis ambientais são aquelas mais suscetíveis às nuances econômicas, portanto, são as primeiras a fechar as portas. Para se ter uma ideia: em Guangdong - China, mais de 60 mil fábricas de calçados, brinquedos e bugigangas já encerraram suas atividades.

13 de março de 2009

É, ele errou...

Quem não se lembra do mais novo "justiceiro" iraquiano? Aquele da sapatada... Ah sim, agora você lembrou. Pois bem, Muntadhar al-Zeidi foi notícia mais uma vez na semana que passou.
A sentença foi lida e o jornalista iraquiano foi condenado à 3 anos de prisão. O que é considerado pouco perto dos 15 anos previstos pela lei. Ainda bem que ele não tinha resolvido atirar sapatos em ninguém antes, porque sua ficha limpa ajudou muito na diminuição da pena.
Pois bem, o jornalista que vira a notícia...
Além de ser preso, ele ainda ficou frustado por ter errado o alvo, coitado!
É, só faltava essa mesmo.

8 de março de 2009

Ah, mulherada!

As mulheres têm uma coisa assim diferente. Creio que é aquele "Q" de qualidade, sabe? Nós somos engraçadas. É sério! Somos engraçadas - com todas as letras.

Brigamos, mas sabemos agradar como ninguém; choramos, mas sabemos abrir aquele sorriso que acaba com qualquer homem; fazemos birra, mas sabemos ser duronas sempre que é necessário; somos inseguras, mas estamos ali para tudo; somos medrosas, mas atacamos com unhas e dentes quem ameaça nossa prole; temos medo de machucar, mas fazemos coisas feias; temos receio de perder, mas falamos o que pensamos; tememos as consequências de uma briga, mas temos carão para entrar nela. Somos assim, indecifráveis, mas se você prestar atenção nem somos tão difíceis assim... Poxa, somos MULHERES! Temos o direito!

5 de março de 2009

Seja um crédulo e seja feliz!

Por mais que existam aqueles desinteressantes que insistem em acabar com a onda alheia, eu ainda acredito. Sim, eu acredito! Sempre acreditei. Quero nunca deixar de acreditar.
As pessoas precisam deixar de acreditar para serem felizes? Bobagem! Precisam acreditar, isso sim. Acreditar te torna melhor e não "um sonhador utópico idiota", para com isso!

A.cre.di.tar 1.(...)ter como verdadeiro. 2.(...) conferir reputação a, tornar(-se) digno de estima.
Pois bem... Sejamos mais práticos aqui.
Acreditar é dizer que grande parte dos 140 mil soldados americanos no Iraque voltarão para suas casas até 2.010; que a Amy Winehouse ainda tem jeito; que a Britney vai fazer um show sem playback; que uma mega produção cinematográfica nossa vai levar o Oscar; que um dia todas as casas terão um sistema de energia renovável; que as pessoas vão pôr em prática tudo aquilo que falam para salvar o mundo; que a Venezuela vai se levantar da década-Chávez perdida (ai já é melhor sonhar, errei?). Enfim...

Tenha um bom senso crítico para saber acreditar. Jamais o faça à toa. Acredite porque você julga ser o certo. Acredite porque você julga ser o melhor para todos. Trabalhe para que seja mesmo. Acredite, acima de tudo, pela essência. Só não acredite em vão, isso nunca!


"Transfigura o teu ser na força crente
Que tudo torna belo e diviniza."
(Crê - Cruz e Souza)

28 de fevereiro de 2009

Time Management

Uma expressão que parece estar me perseguindo nos últimos dias: está em tudo que leio, é o assunto preferido das pessoas que vêm conversar comigo. Depois de tanto ouvir falar, parei para pensar no seu significado e cheguei a conclusão que administrar o tempo não é uma coisa tão óbvia e fácil como muitas pessoas propagam por aí.

Como meu "wise man" novo professor de inglês mencionou durante uma de nossas conversas recentes: "É como o ovo de Colombo: é fácil depois que alguém te mostra como".

Assim como ele me explicou, eu o faço agora: tal expressão vem do tempo das grandes navegações.

Em um daqueles fartos banquetes, um cortesão muito enciumado com a pompa e o glamour de Colombro sugeriu ironicamente que assim como ele descobriu a América outros homens poderiam tê-lo feito, ou seja, que ele não fizera nada de extraordinário. Para responder indiretamente ao tal cortesão, Colombo propôs aos presentes que tentassem fazer um ovo ficar em pé. Depois de inúmeras tentativas, todas fracassadas, ele espertamente deu uma leve achatada na parte inferior do ovo, deixando o assim em pé.

O cortesão, como forma de diminuir Colombo mais uma vez, alegou que daquele jeito qualquer um conseguia. Porém, caros amigos, aí está o segredo de toda essa história. Colombo então respondeu que "qualquer um" mesmo poderia ter cumprido o desafio assim como descoberto novas terras, mas apenas um alguém a que tais ideias tivessem ocorrido primeiro.
Assim, quem sabe, possa ser fácil e óbvio administrar seu tempo, mas apenas quando alguém te mostra como.

"Com o poder acontece o mesmo que ocorre com o tempo: ou o transformamos em nosso bicho de estimação ou ele nos devora." Lya Luft

24 de fevereiro de 2009

Cadê o lago?

O que parecia irreal virou verdade em São Paulo, no fim da tarde da última segunda-feira, 23/02. Um lago com 34 mil metros de superfície secou.
O incidente teria sido causado pelo rompimento do vertedouro, peça responsável por escoar o excesso de água acumulada. Isso devido a chuva pesada que castigou principalmente as Zonas Sul e Leste da cidade, na tarde da segunda-feira.
Consequência: toda a água do local foi drenada para o córrego Pedra Azul, levando consigo, infelizmente, as inúmeras formas de vida que habitavam o lago, segundo funcionários do parque: "toneladas de peixes". Apenas três marrecos e algumas tilápias foram retirados da lama pelos voluntários.

22 de fevereiro de 2009

Ne Me Quitte Pas

Quem aqui que nunca temeu perder alguém atire a primeira pedra! Pois bem... O sentimento da perda é muito perturbador; é capaz de nos transformar nas piores criaturas. E a pior espécie de perda não é aquela causada pela morte - quando muitas vezes nada podemos fazer - mas sim, o distanciamento dos corpos, das almas na terra, quando pessoas vão se perdendo, sentimentos vão se perdendo, e no final, tudo que resta é o silêncio.

Ter que se desacostumar ao acostumado, perder o eternamente ganho não são tarefas nada fáceis. E por mais que se pense que sim, ninguém está cem por cento preparado para uma perda. Por mais que você diga que “desta vez será diferente” e que vai controlar o quanto se entrega para não sofrer, não tem jeito. O amor é entrega. Se apaixonar é se entregar. E é difícil controlar o quanto. Talvez impossível, eu diria.

20 de fevereiro de 2009

Food for thought

Não tente traduzi-lo ao pé da letra, você só vai encontrar um pouco significativo “comida para pensamento”, portanto, não o faça. Isso é mais abrangente que uma simples tradução ao pé da letra e mais passivo de associação na língua dos nossos amigos desenvolvidos (interprete como quiser) da América do Norte. Portanto, deixe-o assim no rítmico e gerador de certo embaraço - na hora da língua entre os dentes do th (rs...) - FOOD FOR THOUGHT.

Assuntos para refletir, ideias estimulantes, projetos engrandecedores fazem parte e consequentemente são exemplos desse conceito, o qual tem como base o raciocínio. Assim, o aperfeiçoamento através do raciocínio. Fácil isso? Talvez mais no falatório que na execução.
Inúmeros artigos, matérias, crônicas, livros e até anúncios publicitários são destinados a esse princípio de fazer a sociedade se desenvolver através do pensar, mas estaríamos nós consumindo-os da maneira correta para que virem nossa comida para pensar? - Tudo bem, esqueçam. Eu mesma defini essa tradução como falha.

O que eu faço para ser uma pessoa melhor? Sou honesto comigo mesmo? Só critico os outros ou paro para refletir sobre como ajo? Respeito o próximo ou só quero que me respeitem? - Preciso dizer mais alguma coisa?...
Cada um deveria encontrar qual forma é a mais adequada para suas reflexões pessoais. Eu já encontrei a minha. Colocar tudo no papel liberta! Ajuda-me a desenvolver os inúmeros casos de food for thought que me aparecem diariamente. Espero que possam sempre retornar aqui para que juntos possamos pensar para nos desenvolver, para evoluir, nos libertar. Que foods for thought nunca nos faltem. Amém. Bem-vindo!