
Pertencer a uma família, fazer parte de um grupo, compor as estatísticas de um determinado local são fatos que tecem nossa rede social dia-a-dia, mas não são nada igualmente comparáveis à nossa posição de cidadãos globais. Pensar socialmente é pensar em relações interpessoais; pensar globalmente é relacionar sua vida com o mundo. Assim, ambos passam a desenhar uma cadeia indelével, na qual ação e reação de uma das partes se confundem com as da outra.
Pensando globalmente, tendo ciência das nuances da cadeia que passa a integrar, surge no homem (ou assim deveria ser) a necessidade do zelo – que não seja diretamente para com o mundo, mas então em prol de si próprio. Esse zelo pode significar medidas de ação, de contenção e de reformulação, tangendo a política, a economia e o meio ambiente, esse que é o que mais precisa de atenção.

Proponho que o pensamento passe a ser verde, que a ação passe a ser sustentável e que cada cidadão globalmente inserido hasteie a bandeira do bem comum através do meio ambiente. Ajustando o zelo para com esse campo com os demais, sendo esses economia e política, fica evidente que é necessária uma reformulação dual, já que somos seres numéricos e legisladores deste mundo que não pode ser esquecido. Zelar pelo mundo é mais que uma obrigação, é a declaração irrefutável de ser participante, inserido, de ser vivo.